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segunda-feira, 26 de abril de 2010

FERIADÃO

Adoro feriados! Gosto tanto que todo ano procuro primeiro saber os feriados para depois escolher meus dias de trabalho na escola. Houve um ano que eu trabalhava somente dois dias na semana, assim mesmo adorava feriado.
E o que dizer do “Feriadão”? É melhor ainda. É bom demais. Procurei na internet “Feriadão” e apareceram páginas e mais páginas com programas de viagens, dicas de teatro, cinema, show e o “Viradão Carioca”. Por que o constrangimento em aproveitar a vida? Por que querem nos fazer sentir culpado? Será que é preferível ir trabalhar a “curtir” um bom feriado?
Tudo isto me faz lembrar Roda Viva de Chico Buarque: “que se um dia a coisa para você fica cara a cara com que não quer ver”. O povo Brasileiro é sofrido, vivemos em um país pobre onde a maioria da população não aproveita o feriado. No condomínio onde moro os porteiros e faxineiros trabalharam normalmente, mas, nos feriados, seus salários foram acrescidos de um ou dois dias extras, o que já ajudou bastante. Quando encontro uma pessoa necessitada procuro ajudar, mas, de maneira alguma, vou permitir que me tirem o prazer de aproveitar os feriados. Considero um direito conquistado.
Feriado é bom até para ficar em casa esparramado no sofá assistindo o DVD favorito. Para ir à praia, ficar debaixo d’água refrescando a “cuca”. Tomar um sorvete de duas bolas e “meter o pé na jaca” como diz minha neta. É bom até pra espremer espinha. Não interessa o que você vai fazer com o seu feriado, mas o estado psicológico, a adrenalina que o sangue recebe já é o suficiente para lhe dar mais saúde e prazer. Um prazer que ninguém tira.
Aproveitei meus dias de folga. Fui à praia, ao cinema, ao teatro e ainda sobrou tempo para cumprir algumas tarefas pendentes. No domingo, último dia do “Feriadão”, sentei-me debaixo de uma árvore admirando o encontro azul do céu e do mar e, com Penélope a meus pés, terminei de ler o livro “Vozes do Deserto”. Adorei, Nélida Piñon com sua sensibilidade e maestria na escrita nos leva, não só para a cama do Califa, como nos faz entender as vicissitudes da mulher debaixo do véu.